quarta-feira, março 21, 2007

AMAR É ... AMOR

Amar é conjugação, ou apenas contemplação.
É o verbo perfeito do pretérito do perfeito.
Preposição a cismar, meditar, buscar brisa no mar.
É o Cálice Sagrado que conduz a comunhão.

Altar, berço esplendido, manjedoura do coração
É uma estrela perdida meio a constelação.
Mausoléu compassivo se a vida perde a razão.

Amar é alcançar o céu tocando o com as mãos.
É o alto do podium, o canto de aclamação.
É a luta, a vitória, o pão depois do perdão.

Para uns, amar é tortura que destrói a razão
É um estar contente e não saciar o coração.
Para outros é alta ternura beirando a loucura.

Tem amores que se vão, que vão e que ficam
Tem amores que nos deixam com a solidão.
Tem amores mais que amores, perduram eternos
Até quando as vidas se vão.

Trilhar caminhos sem motivos sem razão,
São coisas que levam a qualquer direção.
Voar, viver, em órbita meridional é desejo
Que sinto, é quase um absinto.

Buscar o firmamento sem tirar o pé do chão.
Ó Deus de Bondade o que farei, se o amor me
Deixa assim: louco, alucinado, tão distante de mim?
- Cantar em noites de trovão talvez seja a solução.

São pólos oscilantes as fronteiras do coração
São rochas obsidianas que se perdem da razão
São caminhos oblíquos a qualquer direção.

O amor é o fio que conduz a vida, a razão.
É a chama obsessa que jorra no seio do vulcão
É padecimento retumbante que embala a solidão
É um canto litúrgico que acalenta com júbilo.

É um tormento profético de almas poéticas
É um querer mais que querer, ser e não serÉ um caminho periélio para o exílio redentor.

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